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Cachaças Premiadas: Wiba! ganha 2 prêmios máximos internacionais

Na lista das cachaças premiadas com medalhas no Spirits Selection, uma das competições de destilados mais importantes do planeta, que o Devotos da Cachaça publicou, dez rótulos alcançaram a premiação máxima, a medalha Grand Gold. Emplacar um produto nesse clube seleto já é um feito glorioso. Mas teve um produtor que conseguiu um feito ainda mais difícil: emplacar dois! Esse produtor se chama Wilson Barros e as cachaças grandmedalhadas são a Wiba! Blend de Carvalhos e a Wiba! Amburana Ouro.

E quem diria que, há algum tempo atrás, Wilson quase vendeu a sua fábrica, desesperado com a alta carga tributária. “Se não tivesse vindo o Simples, eu teria fechado as portas; não aguentava mais pagar 80% de imposto”, conta Wilson, se referindo à volta da produção de cachaça para a lista de atividades elegíveis ao regime especial, que aconteceu em 2016.

O Simples e a paciência da família Barros para esperar o retorno salvaram a Cachaça Wiba!, marca com sete anos de mercado já com toda a sua linha de cachaças premiadas, e um trabalho sólido e contemporâneo em posicionamento que faz o produto ser bem conhecido pelo público cachaceiro.

A medalha do Spirits Selection não foi o primeiro prêmio importante da Wiba! Em 2020, a Wiba! Blend de Carvalhos, com seu dulçor agadabilíssimo e textura aveludada, já tinha figurado entre as 50 finalistas do Ranking Cúpula da Cachaça.

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Já a Amburana Ouro, até pouco tempo atrás, não seria das apostas mais óbvias no alambique de Torre de Pedra (SP), cidade na região de Botucatu, a 170 km da capital paulista, para uma performance destacada. Mas isso mudou desde o ano passado.

“Isso foi resultado indireto da pandemia. Como a área comercial estava quase parada com a pandemia, resolvi concentrar o trabalho dentro da porteira.  Eu confesso que nunca tinha ficado satisfeito com nossa Amburana; achava ela mais para o enjoativo, tanto que mudei cinco vezes em seis anos. As pessoas elogiavam, mas eu não estava satisfeito. Agora, com mudanças que fizemos na elaboração e a evolução dos barris, chegou em um ponto em que estou feliz, visto o resultado das nossas cachaças premiadas. A Célia (mulher de Wilson e diretora financeira da Wiba!), que só gostava de carvalho, matou quase uma garrafa no fim de semana”, conta Wilson, aprovado pelo controle de qualidade.

Os jurados gostaram tanto quanto a Célia, confirmando a boa aceitação, lá fora, das cachaças armazenadas em Amburana – madeira que para alguns paladares deixa a cachaça excessivamente doce, enquanto para outros, entre as quais esse devoto, quando na dose certa, torna a bebida acolhedora.

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Cachaças premiadas: sonho e realidade

Wilson Barros é um exemplar típico de um modelo de empreendedor bem comum no universo da cachaça. Depois de uma longa carreira no mundo corporativo, o administrador de empresas especializado em Tecnologia da Informação investiu boa parte dos recursos que dispunha numa destilaria exemplar.

No caso de Wilson, o investimento foi de nada menos que R$ 2 milhões, amparado por um ambicioso business plan. “Meu contador ficou louco, minha mulher achou que eu estava. Mas eu gostava. Fazia cachaça de brincadeira já havia uns 11 anos. Sou filho de mineiro. E sou um sonhador”, conta.

business plan começou a se revelar furado no dia seguinte à festa de lançamento da marca.

“Foi um festão para mais de cem pessoas, com dezenas de jornalistas. Isso depois de todo o investimento na produção. Mas, no dia seguinte, eu só tinha um cliente, o restaurante Brasil a Gosto. E nenhum plano para solucionar isso”.

Wilson, com longa experiência em departamentos comerciais, tinha caído numa armadilha muito comum no setor: envolvido com as questões da produção deu pouca atenção em seu planejamento para a área comercial. “Eu tinha visto um bar aqui em Torre de Pedra (SP) que vendia 30 caixas de cachaça industrial por semana. Achei que 15 poderiam ser Wiba! E pensei que isso poderia ser replicado em todas as cidades de São Paulo”, diz ele, já com distância histórica suficiente para se divertir com o engano.

Já com os pés no chão e com o Simples aliviando um pouco o peso dos impostos, a Wiba! foi conquistando seu espaço. A comunicação eficiente – responsabilidade de Alan, Barros, filho de Wilson – é um diferencial da marca. O site da empresa é um dos melhores do setor.

Só que aí, veio a pandemia. Ainda em fase de recuperação do investimento realizado, a Wiba! viu, em um primeiro momento, as vendas caírem em até 90%. Com atuação focada na venda para bares e restaurantes, a empresa sofreu. “Temos muitos cliente fiéis. Mas aquele que pedia 18 caixas, começou a pedir duas. Aquele que comprava três caixas, pedia três garrafas. Mal compensava o custo da entrega”, conta.

Mas foi nessa fase que a Wiba Amburana floresceu. A Blend de Carvalhos, exemplar clássico de cachaça em carvalho americano que teve em sua concepção a participação do master blender Armando del Bianco, já tinha alcançado a maturidade. A Wiba! Prata, e a blendada Senses completam a família de cachaças.

As novidades estão na área das bebidas mistas. A Wiba Tropicália Ginger leva limão e gengibre e é sucesso no litoral paulista. Uma bebida com café e cacau deve ser a próxima da linha.

“Eu estou num momento feliz”, diz Wilson. “As pessoas estão voltando a frequentar os bares, apesar de estarem cuidadosas, porque os preços da Economia em geral estão muito caros. Nossas vendas vêm crescendo e já estão em 50% do que eram no início de 2020. E teremos agora o selo com mais esse prêmio nos nossos rótulos. A gente espera ter um 2022 muito positivo”, diz Wilson.

E o business plan? “Está guardado. Agora, posso até não ficar rico, mas mantendo a fábrica, a família e sobrando para passear um poquinho está bom”, diz ele, que, sincerão, não esconde que não é tão fácil assim trabalhar com a esposa comandando o Financeira da firma e o filho na Comunicação. “Não sei como a gente não se mata. Mas, enfim, ela é quem cuida do dinheiro…”.

Fonte: Devotos da Cachaça 

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